Monday, January 26, 2009

Desalento

Tudo mudou
Nada mais permanece igual
Estado imutável de desalento
Acendo um cigarro
Pra tentar te esquecer
Olho pro outro lado do muro
E tudo que faço e pensar ainda mais em você
Ando sem rumo, em busca de uma direção
E acabo parando no mesmo bar
Peço um conhaque
No balcão, ainda de pé
Peço mais uma dose, quase sem fé
E quando percebo
A garrafa inteira e companhia efêmera
Escoro-me nas paredes com o objetivo de me sentar
Pois já me encontro em confuso estado de perda de lucidez
Se é que já a possui
Talvez um dia, antes de você
Sento-me próximo a porta, pra sentir o vento
O calor incomoda
E de repente olho lá pra fora
E chove chove chove
E aqui dentro
Dói dói dói
A única diferença e que a chuva
Uma hora vai passar
Ah! Se alguém perguntar por mim, diz assim
Que eu chorei, quase morri
e meu sofrimento já não tem mais fim
Diga que andei por ai sozinho,sem sabe nem ao mesmo de mim
Diz que me tornei tão pouco, que ando quase louco
Diz por favor, que eu chorei, que eu bebi, que eu cai
Diz que ando perdido e cansado,
e que já entreguei os pontos, me rendendo ao passado.

Thursday, January 22, 2009

Permanecia sentado no sofá, aquele mesmo sofá velho amarelo estampado completamente rasgado cheio de acaros que recebera de herança da avó. Não sabia exatamente quanto tempo se passara com ele ali parado, olhando para aquela televisão ligada mal sabia ele por quê (sempre odiará televisão).
Sentia espasmos musculares, cada parte do seu corpo tremia de uma forma estranha, e cada pensamento seu o condenava e pertubava de forma latente.
Sentia aquele vazio, um vazio seco na alma, não por razões sentimentais, mais por motivos toxicos,se entregara novamente a cocaina na noite anterior.
Tudo começou como sempre começava, ele lia um livro, tomava meia taça de vinho, tomava uam garrafa inteira, colocava Tom jobim no rádio e lembrava dela sorrindo e de como seu cabelo se movia quando o vento passava por ela num dia de sol. Era coisa mais que certa, primeiro as lágrimas, depois o desejo de fuga, a nescessidade de fuga, então cheirava cinco, em extremos até 1o gramas havendo situações de seu coração bater acelerado quase ao ponto de faltar o ar.
Quando voltava a si a saudade ainda insistia, so que dessa vez repleto de intensa melancolia gritante e fria.
Tudo o condenava, cada pedaço dele era movido como que mecanicamente, sempre acordava e logo de manhã pensava, como cheguei ao dia de hoje?
Sentia revolta pelo passado ter passado , queria intensamente que tudo fosse hoje como era antes.
Sentia-se cada vez menor. sentia vergonha de sua solidão ao mesmo tempo que nunca gostaria de ter sido quem foi.
Sentia nojo de ter sido tão feliz...
Preferiu se entregar de vez a vida, observou anfetaminas e alcool e teve certeza que era o fim para toda aquela dramatica situação.
Não teve coragem. Tudo isso nao passou de um pensamento que teve ali enquanto estava sentado no mesmo sofá.
Continuou vivo, se é que continuar sem fé alguma era uma forma de estar vivo.









(...) "depois do ponto, tão escuro agora que eu não conseguiria nunca
mais encontrar o caminho de volta, nem tentar outra coisa, outra ação, outro gesto além de
continuar batendo batendo batendo batendo batendo batendo batendo batendo batendo
batendo batendo batendo batendo nesta porta que não abre nunca." (Caio Fernando Abreu)

Tuesday, January 20, 2009







Querida Holly, eu não tenho muito tempo. Não quero dizer literalmente,pois mesmo eu tendo um sentimento eterno logo em breve estarei longe de casa. Esta é a última carta, porque só existe uma coisa para lhe dizer. Não se apague, nem deixe que as memórias te coloquem para baixo. Você pode cuidar de si mesma, sem qualquer ajuda minha. Mas precisava dizer o quanto você me mudou. Fizeste de mim um homem, apenas com seu amar Holly. E por isso, sou eternamente grato ... literalmente. Eu sei você não pode me prometer nada, mas eu te prometo que sempre que você estiver triste, você jamais perderá a fé, pois e certo que estarei em você, e te zelando e observando através de meus olhos. Obrigado por ter me dado a hora de ser seu marido. Eu sou um homem sem arrependimentos. Quanta sorte eu tenho. Você fez a minha vida, Holly. Mas eu sou apenas um capítulo na sua. E por favor vá escrever mais capítulos. Não tenha medo de se apaixonar de novo. Cuidado com os sinal, como você sabe a vida acaba. P.S. Eu sempre te amarei!

Friday, January 16, 2009

Clarisse buscando a cura.



De tanto Clarisse desejar chegou a se tornar uma espécie de repugnância, sofreguidão.
Ela quis andar de mãos dadas, trocar sentimento de confiança, agir de moda brega e antiga sendo fiel,devota e adoradora.Sonhava com cada beijo que para ela eram muito mais intensos do que qualquer romance francês que assistia tão encantada e desejosa.
Cada beijo para ela surtia como o primeiro, com todo frio na barriga, acalanto e suor.
Isso acontecia por que eu sempre acordava (principalmente quando dormia ao seu lado) totalmente renovada, inundada de uma sinceridade e pureza indispensável no querer, que ficavam ainda mais forte do que no dia anterior. Seu erro foi deixar que mesmo sem que ele regasse o ramo de rosas, o ramo só se tornasse mais forte, mais lindo e maior, sendo capaz ate mesmo de resistir ao sol do desprezo, a chuva do descaso e o vento da sua insensibilidade.
Ela quis cuidar dele, melhor do que a ela mesma. Preparava a casa, o carinho, as portas sempre abertas e o coração sempre bem disposto, sem perceber e a cada episódio de sua vinda só era capaz de me causar tormenta e diluir sua paz.
Fumando seu cigarro pacientemente Clarisse se proporcionava o prazer sádico em observar fotos, escutar músicas, relembrar momentos, ate quase ficar sem ar.
Levou tempo para que Clarisse enxergasse como os momentos foram pouco tão pouco, e como ele jamais seria capaz de lidar com a força do que ela sentia por seu interior por ser amargo e frio demais. E Clarisse reluzia calor e doçura, sem nem ao menos se dar conta disso, pois sua baixa-estima jamais a permitia ver um palmo a frente de seu nariz.
Ele nunca foi, ou seria capaz de surpreendê-la.
Hoje Clarisse sente por ele.
Sente por que ele não pode mais contar os abraços sinceros, os beijos apaixonados,os arranhões, as mordidas de amor, historias engraçadas, preocupação quase que maternal,companhia pra todo o tipo de situação, desejo ardente e pulsante, paixão veemente e desconcertante a que ela devotava.
Clarisse mudou, de forma devastadora, ate mesmo se tronando algo que ela nunca desejou ser, alguém muito mais fria, alguém apenas com desejo diversão, ansiando por bebida gelada, suor, pele, contato, risada, voz, desejos quase que cafajestes, troca de olhares, poucos momentos ate poder evaporar quando lhe for conveniente.
Trauma entendem?
"Quando você me deixou, meu bem
Me disse pra ser feliz e passar bem
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume, obedeci
Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer
Olhos nos olhos, quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais
E que venho até remoçando
Me pego cantandoSem mas nem porque
E tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você
Quando talvez precisar de mim'Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim
Olhos nos olhos, quero ver o que você diz
Quero ver como suporta me ver tão feliz..."
* Chico Buarque

Wednesday, January 14, 2009

E acaba matando a manhã.

Honestamente busco o ar,
que se tornou tão rarefeito.
Sentindo a dor pulsante.
E os sentimento de angústia , que são tão claros que parecem cegar.
A realidade me incomoda.
Tento me esconder dela durmindo e tapando tudo com sonhos.
Sonhos que começam doces, e se tornam pesadelos de agonia constante.
E o pior e que acordar so me traz de volta ao pesadelo.
Pesadelo real.
Fogo, pó, amantes, amigos, tempo perdido, insistencia em vão.
Viajo no tempo buscando saídas, procurando atormentada "aonde foi que eu errei?"
E até quando dou meu melhor, não consigo ser o suficiente.
A dor permanece inquieta, mais minha esperança de que ela se acalme e latente.
Todos os sonhos morrendo pouco apouco, me trazendo a ferida exposta e mesmo assim já nem choro mais.
Sinto somente cada vez mais a gravidade e me pergunto "POR QUÊ?"

Tuesday, January 13, 2009

Nenhuma estrela mais por perto dos olhos, ninguém!

E eu que já não sonho mais, apenas me limito a viver um dia de cada vez.

Sunday, January 11, 2009

.

Vivendo
Revivendo
Relembrando
Perda de presença
Falhas na razão
Fantasmas escondidos
Luz apagada, quase que cega
Gritando a dor
Tornei-me um emaranhado de trapos
Caminhei nas farpas
Até sentir meus pés doloridos no chão
Minha sorte se esvaiu
Deu-me solidão
Fechei meus olhos
Iludi-me
Afoguei-me
Apaguei-me
Desmanchei-me
Parada no tempo
Congelado o coração
E você, bem dentro dos meus sonhos
Persistindo no erro
"Tudo ao seu tempo”, eu desejei
E assim até mesmo com o fim do tempo
Até depois
De mim,
De você
De nós
De toda a confusão
Desazada
Continuei
Até desabar no fim.

Thursday, January 08, 2009

A quem eu quero enganar?

Toda vez que te via por perto abaixava meu escudo, pois eu sabia que mais rápido do que eu imaginava você com apenas um sorriso seria capaz de desmontar toda minha armadura.
Estabanada como sempre fui, me atirei depressa demais a cada nova sensação que sua presença me apresentava.
Eu sei, não era sua intenção causar todo esse reboliço em mim, mas a medida que todos os acontecimentos iam seguindo tudo so aumentava em mim e nada representava para você. Eu não lhe culpo por minha fraqueza,ao contrário;
Tentei me desligar várias vezes, tentei ver outras cores, outros sabores, outros sons, tudo na tentativa de sanar essa saudade que chega a ser desgastante, te encontrei e encontro em todos os meus sonhos, mais eles me fazem acordar assustada e com o coração acelerado.
Te procurei, em cada canto.Sempre desejando sua presença nos bonse maus momentos.
Eu sempre soube dos 99,9% de chance de tudo isso não passar de uma ferida aberta sangrando em mim.Ainda sangra.
Obrigado, por cada sorriso e ate mesmo pelas lágrimas, são ao menos prova de que fui capazdesentir algo verdadeiro.
Foi bom, eu ja pude te roubar por alguns dias, lugares e momentos,isso já é alguma coisa já que não posso te roubar pela vida inteira.



"Mal mal vai passar, não vou me abalar..."

Wednesday, January 07, 2009

Ja não incomoda mais!

Não vou mais deixar escapar um sorriso se quer
Os motivos que eu chorei você nem ousou em se importar
Larguei tudo isso, chutei o pau da barraca, atirei longe as garrafas, quebrei copos e pratos
Estilhacei tudo aquilo que já não valia mais nada
Vou seguir as minhas vontades
Vou viver atravez das minhas verdades
e não da quem quem quizer.
Não existe dor, quando agente não quer.
Esse fardo em minhas costas estou contente em tirar
Aquilo de que já não gosto, voou pra longe, ja mora em outro lugar.
Graças ao tempo, graças ao vento que vem trazendo bons momentos pra me consolar.
Já nem sei mais, por quê andei tanto tempo sem razão.
Tanto porre, tanta pirraça, tanta sisma, tanta lágrima
Tudo Tudo Tudo em vão!

Intenso, ainda bem.

O sol insitia em nascer
por mais que eu desejasse que mais nenhum dia nascesse
Andava num estado apatico,com esperanças reduzidas a nada
Caminhei sozinha
Chorei de forma dolorida
Sorri de forma falsa
Estava só
Fui de todas as pessoas, de forma sincera
Eu era uma só, incapaz de lidar com tantos acontecimentos
Encontrei como forma de fuga,grandes e imensas asas
Voei
Senti frio.Isso não era nada bom.
Avistei pedras
Avistei seu sorriso
Avistei um jeito doce de aconchego
Avistei esse calor
Calor viril, calor febril, calor veemente, intenso, intrancedente.
me encontro em estado abobado, apaixonado.
Me encontro surpreendidae nas nuvens.
Mal sabia eu que felicidade estava bem debaixo dos meus olhos...
Beijos pra ele, que tem sido o prazer de cada dia em que o sol insite em nascer,e eu ja nem me oponhoou mesmo em dias que a chuva insisteem cair, e o clima e o que menos faz diferença perante sua presença...

Monday, January 05, 2009

A fotografa prepara sua Nikon,meio estática, pois jamais imagina que sua lentes captariam tal impasse.
Seus olhos fotografavam de forma a gravar na alma.
Mesmo assim, engatilhou o obturador apontou para a cena: Click!
O foco era aquele soldado, imovél, retrato de uma geração alienada e escrava do estado.
Ele usava botas de couro e portava um fuzil, e nos olhos dele tudo que se via era medo e tormenta.
Estávamos no Vietnã, um jovem americano que perdeu parte da sua vida e sua inocência coagido a matar,matar inocentes...
Era outono, caia fina e graciosa a primeira chuva ...
Destino jurado, tanto ainda por acontecer.
A fotografa jamais saberia que rumos as coisas iriam tomar , mais esse registo pra sempre permaneceria...

Saturday, January 03, 2009

100




Meu desejo e que pegue todas as mentiras e dê o fora

Sai.Não me provoca mais tanta dor!

Vai ,me deixa. Não alimenta essa minha obsseção.

Você precisa de alguem que não tenha vida, você precisa de alguem que não tenha medo.

Me desculpe se eu não consigo ser esse alguem.

Mas eu ainda respiro.E cada parte do meu corpo te deseja com veemencia.

Você precisa de alguem que não tenha vez, que não tenha medo.

Me desculpe mas eu não consigo mais correr atras.

Você precisa de alguem que não tenha escolha, você precisa de alguem que escolha apenas você.

Me desculpe mas eu tenho que fazer as minhas.Me desculpe mais preferi me escolher.

O engano é todo meu, e sempre meu.

Sempre esperando, desejando, confiando, acreditando.

Já sei e não vou mais tocar no assunto,vá viver sua vida, sua vida tão esperada.

Sei que encontrará esse alguem morto que tanto procura, e desejo sua felicidade sempre.

Apenas me deixe.Preciso esquecer, e voltar a respirar por mim mesma.

Eu quase me apaguei, por alguém que não se importa com mesu sonhos,alguém que nem ao menos me conhece.

Tão tola e tão errante, fui capaz de desperdiçar a quem sempre me quiz bem.

Ms hoje reconheço que meu lugar é andar carregando meu proprio arrependimento.

Mais me deixa.

Ja fantasiei demais.

Já brinquei de ser feliza

Agora é andar no meu caminho

seja ele qual for.