Tuesday, May 07, 2013


Tenho sentido a solidariedade rotineira das pessoas. Uma solidariedade mutua. Vejo pessoas explodindo no ápice da crise existencial sinto vontade de abraça-las e dizer que a escuridão dos sentimentos e sentidos não vai durar para sempre. Senti isso em troca hoje quando a caixa do supermercado me sorriu de maneira compreensiva vendo minha compra de ingredientes de brigadeiro, sabendo que eu ia comer chorando, vendo um filme bobo nesse dia frio. Na saída doei dois reais para um pedinte, e de fato sabia que ele ia comprar cachaça, e você sabe o que é já ter precisado de um pouco de álcool e fica feliz em ajuda-lo.

O medo passa a ser insignificante quando percebemos que não estamos assim tão sozinhos.



http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=HxsBU3px1Nc

Tuesday, February 05, 2013

Quem sabe um dia

Parada sempre a esperar, renovando as esperanças a cada nascer do sol para que cada um dos seus sorrisos sejam enfim retribuidos. Não apenas por ele, mas pela vida.

Saturday, February 02, 2013

Há feridas que nunca curam, apenas esquecem de doer

Algumas coisas nunca mudam, não importa a vontade, o desejo, a insistencia,o passar do tempo.  E pior do que isso há coisas que jamais irão  nos deixar e não importa nem mesmo a força que nos lutamos contra isso.E uma questão simples, vivo, logo tenho memória, logo tenho feridas, entretanto so cabe a mim dar pontos para que  fique apenas uma cicatriz, ou mante-las abertas, vivas, sangrando.

E assim tudo me aconteceu, por insistencia e medo de perder até mesmo minha dor, eu fiquei assim, permitindo que velhas feridas sangrassem quando há tempos já era a hora de te-las fechado.
Precisei me esvaziar inteira, pra pensar em preencher novamente. E sem que eu percebece, o que eu imagina se tratar de um casulo oco, ainda tinha asas que batiam com a força de quem ainda voava na mesma direção.
Ainda havia mel no pote, e com isso foi questão de tempo para que tudo novo acrescentado ali azedasse.
E eu precisei mais uma vez me doer inteira, me esvaziar, sair de mim,para tentar me encontrar perdida vagando por ai. Precisei que o motor batesse, o hd se auto-formatasse, os sistemas dessem pane, para ai sim, começar a entender o que estava errado.
Hoje percebo que morri um pouco em cada esvaziar, mas percebo também que estou viva, e que para me manter assim, VIVA, preciso realmente estar pronta para novamente ser atravessada pelas emoçoes do mundo, já que é impossivel se manter inerte.

Entretanto isso é minha única certeza, a de que estou viva, e que assim quero permanecer, e que so depende de mim fazer o motor voltar a esquentar.

Friday, January 25, 2013

On the road

Desejei viajar mais, conhecer melhor o mundo e as pessoas. Mas que uma decisão coloquei isso como um objetivo, muito precisava me preencher com coisas que só a estrada e novos lugares poderiam me trazer.
E meus pedidos foram aos pouco sendo atendidos, o ano nasceu em Itaúnas, meu paraíso perdido, e lá também descobri que quando se está sozinho, literalmente, perdido dos amigos no meio da multidão é que podemos estar melhor acompanhados.
Janeiro floreceu na barra, meu refúgio, meu porto seguro, acreditei em um mundo melhor e sorri junto com o Caio e seus inocentes e abençoados dois aninhos.
Depois disso muitos lugares, muitas pessoas, muitas sensações, provei do que minha cidade do coração e o que ela tinha de melhor a me oferece. Sorrisos, amigos, pessoas que nunca mais verei, música, sinestesia, essa é Vitória me propiciando saudade e alegria.
Amanha o dia irá tratar de  anoitecer e amanhecer em Domingos Martins, lugar doce, e que me traz lembranças, apesar de pequenas, totalmente doces, o que me faz ter um desejo maior de que eu possa vivenciar aquilo que será uma nova lembrança, ainda mais doce, ainda mais grandiosa...

É parece que foi ontem que eu fiz de tudo pra te proteger do perigo maior que era você...De tudo sobrou o desejo de carnavaniar na cadencia bonita do samba de Conceição, com amor, sol e tequila, e de que meu março seja doce e embalado pela voz do Eddie nas ruas bohemias de São Paulo, onde eu sei que alguma coisa irá de acontecer no meu coração,  quando eu cruzar a Ipiranga a São João, a Vila Madalena e a Paulista...AHHH que junho faça frio e blues em Rio das Ostras, e que aos poucos, essas estradas todas sejam muito pouco pra mim, que eu cruze ares ainda maiores, e que possa como o grande Keruacc escrever um livro que em versão de cinema colocaria Into to wild no chinelo.

Saturday, January 19, 2013

Resoluções de um novo nascer de sol

Ler mais
Ser ex-fumante
Gastar menos, viajar mais
Ser magra ou pelo menos mais saudavel
Me apaixonar menos
Ser menos, para enfim ser mais

Eu só nem sei de qual dessas estou mais longe.

Wednesday, January 16, 2013

Pobrezinha

 O amor lá, simplemtne pedindo passagem, e ela coitadinha tão fechada em receios, lagrimas, despedidas, partidas,  e um coração que intelicadamente tem sussurrado: o amor doí!

Saturday, January 12, 2013

Fly

Se é preciso liberdade e despreendimento para alcançar voôs altos, a mim será necessário agora apenas pular do parapeito da janela.


Nada me prende, nem eu mesma, e não me importo no momento em saber se isso é bom ou ruim.

Thursday, January 10, 2013

Besteira qualquer, nem choro mais

E por uma tolice qualquer uma segunda chance foi dada, em vão, por uma dessas confusões que nosso coração acaba por causar. De certa forma sempre estamos cientes de quando algo realmente não vai acontecer, mas nossas vontades egoístas e sentimentos mesquinhos vorazes acabamos por insistir até o limite ou mais que ele.
E disso eu fazia ideia. A cada atitude sua que se completava ou não eu tinha a certeza de que nada mudou. Que o desejo de mudança eram só palavras.
Você continua sua insegurança, seus amigos tolos, suas manias futéis, sua falta de coragem. E principlmente a maldita falta de decisão de tanto reclamar e tão pouco fazer.
Se de todo esse amor eu posso dizer que odiava algo, era exatamente isso! Sua maldita falta de decisão.
Na verdade por maior que seja meu nivel de abstração isso ainda me incomoda. Por que tanta acomodação meu Deus? Tanto medo de mudar e ver a vida realmente acontecer? E isso só te faz perder coisas importantes e preciosas.
Hoje vejo como devo me abster de toda e qualquer culpa que eu possa sentir, por que de fato foi a sua indesição que gerou todas as minhas más reações e fez tudo então desabar. E hoje por mais que eu entenda que mesmo diante do fim você ainda sente minha falta, suas frases não fazem nada para mudar isso, não passam de sequencia de palavras escritas e de apertar enter.

E triste, mas é verdade.

Take your time

Um história mal resolvida, carregada de lá pra cá como o vento que espalhou um montante de areia mais ainda deixou alguns grãos ainda unidos.
Aos olhos dos outros uma tortura , um  tremendo desrpeito por si mesmos sem tamanho, já que não entrava na cabeça de ninguém  como sentimentos pudiam se manter sem decisão.
Ele foi embora, precisava de um tempo ele disse.
Take your time , ela disse.
Ele se voltou para si mesmo.
Ela foi para um bar, ou para vários, perder a noite com um desconhecido, um blues e um vinho barato.
Ela precisou abrir os olhos na mnhã seguinte para se arrepender, por que sabe que de certa forma mesmo depois da tempestade ele ficou.

E somente ele ficou.

E nela a esperança de que algo dela também tenha permanecido dentro dele.

Sim ou Não

 A insegurança sempre foi algo que me acompanhou, até por que que tipo de ser humano eu seria se não temesse. Entretanto ela nunca me pertubou, ou chegou a ser um problema, até agora.

Uma hora você se diz louco com os poemas que te dou, e diz que meu sorriso reflete tudo aquilo que sempre sonhou, em outro momento se demonstra apatico quase que inerte a minha existência, ou me trata como uma espécie de plano futuro, algo a ser decidido quando suas situação primordiais forem sanadas.

Olha, por favor! O minímo de coerência para me evitar um surto de loucura.

Wednesday, January 09, 2013

Das coisas maravilhosas que eu gostaria de ter escrito




"Que farias do meu corpo, se despido das palavras? Que farias?, se eu apenas o bê a bá no presente do indicativo, sem um futuro do subjuntivo ou um pretérito mais que perfeito? Que farias do meu corpo, se eu só fome e cio e sede, despojada de lirismos, de interjeições e figuras de estilo, sem o abrigo nuclear das coordenadas copulativas? Que farias?, se eu só cabelos e pele e pêlos, sem qualquer erudição? Que farias do meu corpo, das varizes que despontam, das sardas e dos sinais, da celulite escondida? Sim, que farias?, se eu quase analfabeta, ignorante e simplória, se a minha escolaridade pouco mais que a obrigatória? Se a linguagem, de carroceiro e as frases, às três pancadas; se eu nada de aforismos, silogismos ou significados? Que farias do meu corpo, se despido das palavras? Se eu nua à tua frente, despojada, oferecida, toda instinto animal, toda líquidos que escorressem, músculos que te apertassem, sons cavos que mal se ouvissem? Que farias com o meu cheiro?, demasiado acre, demasiado doce?, e com a violência obscena da minha presença física a ocupar-te a largura da cama e a tua visão periférica? Que farias, se esse ecrã não mediasse com diplomacia as negociações entre nós?, e se eu e tu frente-a-frente acordássemos por fim fronteiras ou a transposição delas? Se eu sem dedos nem jeito, muda, disléxica, desarticulada, nada escrevesse, nada dissesse? Que farias do meu corpo, se soubesses que esta não sou eu e que tu és tu só por acaso, pois quando não minto, roubo, e que aquilo a que atribuis tanta beleza é a cópia da cópia de um copiraite? Que farias do meu corpo se as palavras não fossem minhas mas tuas, apenas? Encaixar-te-ias nele como te encaixas nas entrelinhas do que escrevo? Servir-te-ia eu também como uma luva?"
(Anais Nin)


Quem me conhece sabe o quanto ela representa para mim, uma diva com cerébro, que escreveu sobre a liberdade da mulher, sobre o pensamento feminino, sobre o direito a amor, erotismo e literatura.

Jazz e Malboro

Enloqueço
quando vejo que outro maço já acabou
desabo
danço
bebo
lamento
ate novamente poder fazer fumaça
E quando vejo, o dia ja amanheceu
Sorrio na volta pra casa
(com meu cigarro)

História uma ova

Não quero que me explique as causas da Revolução Francesa, ou disserte sobre a cinência em construção de Ciro Cardoso, nem tão pouco as origens do totalitarismo ou os inimigo intimos da democracia ou o que quer que seja, pega no meu peito e tenta me explicar como meu coração, lento que só ele, acelera ao sentir teu cheiro.
A porta da sala entreaberta
O chão limpo reflete a janela
Lá fora o mundo brilha em sol
E eu aqui dentro, hipnotizada pelo seu cheiro
devota das suas contas largas e ideais
(para o meu carinho)
 E desejando mil outras noites interminavéis
para haver outras mil manhãs em que eu acorde ao seu lado

Renasce o amor, dentro de lágrimas


 
 
Como boa rainha do drama que sou me é de costume lamentar por coisas que deveria ter feito de outra maneira ou que apenas gostaria de ter feito e não as fiz. Aparentemente sou do tipo que não se contenta muito fácil, pouco para mim não é suficiente. Todos os clichês de realizações e conquistas, certo-e-errado se enroscam dentro da minha cabeça dando nela um nó praticamente sem volta.
Entretanto decidi optar pela mudança, optar pelas descobertas ao invés das cobranças.
Optei por ser grata ao que o tempo me trouxe, e ele foi capaz de me trazer muito mais que me tirou.
 Me encontro grata ao tempo que me deu novamente a capacidade de escrever poemas com versos metrificados por um sorriso.  
Hoje sou forte, livre e muito mais honesta, chorei todas as minhas ausências, chorei meus medos e minha fé cega, chorei por achar que não era mais capaz de acreditar, e o tempo esse a quem sou grata me trouxe a certeza de que tudo flui, tudo passa e não havia mais o por que de me sufocar quando só o que me restava era ser livre.

E sobre as coisas que fiz de maneira diferente ou que gostaria de ter feito e não fiz, eu respondo a elas com a minha própria vida que tratou de fazer e está fazendo muito mais por mim.